Pelo menos 550 pessoas foram detidas na África do Sul durante os protestos desta segunda-feira, 20 de Março, do partido Combatentes da Liberdade Económica (EFF, na sigla inglesa), de esquerda radical, anunciou a Polícia Sul-Africana (SAPS), afirmando que mantém os efectivos em alerta máximo.
“O Natjoints (Estrutura Nacional Conjunta Operacional e de Inteligência) prendeu mais de 550 manifestantes por violência pública, intimidação, roubo e tentativa de saque, entre outros”, referiu em comunicado a autoridade de segurança sul-africana.
A polícia local adiantou que o maior número de detenções (149) ocorreu na província de Gauteng, onde se situa Joanesburgo e Pretória, a capital do país.
“O Cabo Setentrional registou o segundo maior número com 95 detenções, no Cabo Oriental foram detidos 80 manifestantes, seguido do Estado Livre com 64 detenções”, salientou.
Segundo as autoridades de segurança sul-africanas, o número de pneus apreendidos em todo o país ascendeu a 24 300, que foram colocados estrategicamente para actos criminosos.
“Os nossos efectivos permanecem no terreno, a implementar uma abordagem multidisciplinar através de operações conjuntas e integradas”, referiu à imprensa a porta-voz da polícia Athlenda Mathe.
Assinala-se esta terça-feira, 21 de Março, o Dia dos Direitos Humanos alusivo ao massacre de 69 manifestantes em 1960 pela polícia do regime de apartheid, em Sharpeville, sul da província de Gauteng.