À medida que os preparativos para o projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa avançam, Moçambique continua a posicionar-se como uma potência regional de transição verde.
De acordo com o site FurtherAfrica, uma vez implementada, a central hidroeléctrica de 1,5 GW fornecerá 9000 GWh de electricidade limpa à Southern African Power Pool, deslocando assim cerca de 8 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano.
Com 12,5 GW, o potencial hidroeléctrico de Moçambique é o maior da África Austral e está entre os mais elevados do continente africano. Mais de 80% deste potencial está localizado no Vale do Zambeze, que já alberga a barragem de Cahora Bassa (2075 MW), uma das maiores barragens hidroeléctricas em África.
O projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa será uma central a fio de água construída a 60 quilómetros a jusante da barragem de Cahorra Bassa.
“A implementação do projecto hidroeléctrico contribuirá de forma crítica para a transição verde, tanto a nível interno como regional. O projecto não só fornecerá uma fonte flexível e fiável de energia de base, que é fundamental para integrar energias renováveis mais variáveis e intermitentes, tais como eólica e solar, como também poderá desempenhar um papel essencial na transição para a industrialização verde e mobilidade eléctrica a médio e longo prazo”, refere o site.
O desenvolvimento do projecto é liderado pelo Governo moçambicano, com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e da Corporação Financeira Internacional. O comissionamento está previsto para 2030.
O Governo está actualmente no processo de selecção de um parceiro estratégico para a implementação do projecto, tendo já sido anunciadas, no início desta semana, as duas propostas da Electricidade de Moçambique (EDM) e de Cahora Bassa.
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