O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Educação, Saúde e Afins (Nehawu, sigla em inglês), na África do Sul, suspendeu ontem, 16 de Março, uma greve que afectou vários hospitais públicos, após um acordo de princípio com o Governo para um aumento salarial de 7%.
A decisão do sindicato ocorre dias antes de uma “paralisação total do país” anunciada para a próxima segunda-feira, 20 de Março, pelo partido de extrema-esquerda radical, Economic Freedom Figthers (EFF), de Julius Malema, e que está a agitar o país.
O EFF disse estar a organizar manifestações por todo o território sul-africano para protestar contra “o corte de electricidade”, instando simultaneamente à “renúncia do cargo de Presidente de Cyril Ramaphosa”.
Nas últimas duas semanas, a paralisação do pessoal de enfermagem e manutenção afectos ao Nehawu obrigou à intervenção do serviço médico do exército sul-africano para atenuar os efeitos da greve em vários hospitais públicos do país, que enfrenta cortes de electricidade de 12 horas por dia devido à incapacidade de produção da empresa estatal Eskom.
A ministra da Presidência, Khumbudzo Ntshavheni, esclareceu que o acordo de 7% de aumento nos salários foi assinado pela maioria dos sindicatos da função pública, frisando ainda que a oferta do Executivo foi rejeitada por alguns sindicatos.
“Aqueles que interromperam os serviços públicos durante os protestos serão punidos”, declarou Khumbudzo Ntshavheni.
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