Os governos de Moçambique e Zâmbia poderão reforçar com meios aéreos as operações de resgate da força de defesa do Maláui, para salvar milhares de pessoas que ainda estão sitiadas em dez distritos da região sul daquele país devastado pelo ciclone tropical Freddy.
O pedido de ajuda por parte do Governo malauiano foi feito nesta quinta-feira, 16 de Março, pelo Presidente do país, Lazarus Chakwera, e surge em virtude de as águas estarem misturadas com a lama, o que tem dificultado o processo de resgate via fluvial.
De acordo com o Governo do Maláui, estão criadas as condições para as operações aéreas, mas os escassos meios de aviação não estão à altura de, num curto espaço de tempo, resgatar aqueles que precisam de ser salvos. O Executivo explicou ainda que este pedido tem como objectivo evitar que haja mais mortes, uma vez que existem muitas comunidades ainda isoladas nos distritos mais afectados.
“Para além de Moçambique e Zâmbia, estendemos o pedido a outras nações vizinhas e amigas para que ajudem o Maláui com meios aéreos de resgate, como forma de complementar os esforços de busca e salvamento em curso”, avançou Lazarus Chakwera.
O corte de 35 estradas, entre primárias e secundárias, da região sul do Maláui, devido à fúria das águas, está a dificultar a prestação de ajuda e resgate das vítimas do ciclone.
Actualmente, 24 agências e organizações especializadas das Nações Unidas estão activadas para fornecer apoio logístico, incluindo transporte para assistência às comunidades isoladas devido a inundações e deslizamento de terras.
Os especialistas sobre clima do Maláui dizem que o ciclone Freddy já enfraqueceu, mas alertam para a continuação das chuvas nos próximos dias.
Os últimos dados sobre os danos causados referem 324 mortos e 200 desaparecidos.
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