O número de cidadãos angolanos residentes em Portugal aumentou mais de 50% nos últimos dez anos, passando de 20 366 em 2012 para 31 435 em 2022, segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) compilados nesta quarta-feira, 15 de Março, pela Lusa.
Angola fazia parte das cinco primeiras nacionalidades mais representativas em Portugal a 31 de Dezembro de 2012, depois do Brasil, Ucrânia, Cabo Verde e Roménia.
Dez anos depois, mais 11 069 angolanos escolheram Portugal para residir, totalizando 31 435, dos quais mais de metade preferiu Lisboa (17 440), seguindo-se Setúbal (5821) e Porto (2285).
As cidades de Braga (905), Santarém (893) e Coimbra, com 712 cidadãos, têm menos de mil angolanos a viver.
Madeira (40), Açores (41), Portalegre (57) e Guarda (59) são as localidades que registam menor número de cidadãos angolanos residentes.
Os dados referentes ao último ano, disponibilizados à Lusa pelo SEF, apontam que a maior parte dos angolanos residentes em Portugal é jovem, na faixa etária situada entre os 20 e os 39 anos, totalizando 12 158 cidadãos. Entre os 40 anos e os 64, existiam 10 150 angolanos (segundo maior grupo etário) e 7071 até aos 19 anos também residiam em Portugal. Contabilizaram-se ainda 308 angolanos com 80 anos ou mais.
De acordo ainda com o SEF, 54 angolanos fizerem pedidos de protecção internacional em 2022, mas não obtiveram acolhimento pelas autoridades migratórias portuguesas.
Cresce em Luanda a pretensão de cidadãos angolanos, sobretudo jovens, de emigrarem para Portugal, que consideram “porta de entrada para Europa”, em busca de melhores condições de vida, desde estudos e emprego, por “falta de esperança” no país africano.
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