A Apple planeia ir além dos sistemas de reconhecimento facial (Face ID) e de impressões digitais (Touch ID) para reconhecer o corpo inteiro dos utilizadores, utilizando a digitalização para confirmar a identidade e fazer análises de saúde.
A patente em si chama-se “Dispositivos Electrónicos com Circuito de Análise da Composição do Corpo” (em tradução livre) e descreve um dispositivo semelhante ao smartphone da marca, o iPhone, que seria responsável pela digitalização. Com os resultados obtidos pelo dispositivo, o conteúdo direccionado seria exibido “em benefício do utilizador”, de acordo com a Apple.
Como detectar a composição corporal?
A patente é uma extensão do Face ID da Apple, mas utilizará também características faciais para detectar a composição corporal do utilizador.
O processo não seria, claro, tão rápido e fácil como o reconhecimento de identificação facial, mas a tecnologia poderia ser utilizada inicialmente por um scanner maior, separado do dispositivo móvel, ou através de múltiplas fotografias de diferentes partes do corpo capturadas por um iPhone. Para imagens de corpo inteiro, os scans teriam de ser feitos da cabeça aos pés ou através de múltiplas molduras de diferentes partes do corpo, tais como rosto, pescoço, pernas e cintura, segundo a Apple.
Os dados poderiam também incluir imagens do corpo tanto na posição frontal como lateral, e em sequências de imagens, tais como as presentes em vídeos onde o sujeito está a respirar ou em movimento. Embora um scan inicial necessitasse de toda esta informação, os usos posteriores poderiam incluir apenas a fotografia de certas partes do corpo para comparação com o utilizador inicial registado.
Algumas partes do corpo são mais “reveladoras” do que outras – a gordura corporal tende a acumular-se mais em certos lugares do corpo, em bolsas presentes em regiões como as bochechas e o pescoço, tornando-as mais indicativas da composição corporal do que outras. A testa de uma pessoa, por exemplo, varia pouco com as variações da gordura de um indivíduo, enquanto o pescoço traz mudanças mais óbvias.
Alguns usos potenciais
Se o dispositivo conseguir uma ampla base de utilizadores, será possível utilizar os dados para estudos quantitativos, analisando grupos de até centenas ou milhares de pessoas em períodos de tempo que vão de dias a semanas, meses ou mesmo anos. Medindo as características faciais e do pescoço, já poderíamos ter uma boa ideia da composição corporal dos participantes, de acordo com a empresa.
Segundo a Apple, as principais utilizações seriam na entrega de conteúdos direccionados, escolhendo o que seria de maior interesse para o utilizador, com base nas características recolhidas no scan. Os dados sobre a saúde e aptidão física de uma pessoa poderiam ser utilizados como indicadores para informar o seu bem-estar, tais como oferecer conselhos positivos àqueles que desejam utilizar a tecnologia para alcançar os seus objectivos de saúde.
Fonte: Canal Tech
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