O director de projecto da TotalEnergies, Stephane Le Galles, declarou que a instalação de exportação de Gás Natural Liquefeito (GNL) da empresa, orçada em 20 mil milhões de dólares, não deverá começar a funcionar antes de 2027, mesmo que se decida rapidamente levantar a força maior nas obras e prosseguir com o desenvolvimento.
Em declarações feitas ontem, terça-feira, à Bloomberg, durante uma visita ao local de construção, Stephane Le Galles disse que “desde o momento em que reiniciarmos a produção, precisaremos de mais quatro anos para construir as instalações”, e as exportações da fábrica poderão “começar em 2027, no melhor dos casos”.
A TotalEnergies suspendeu as obras do projecto em 2021, na sequência de ataques militares islâmicos em distritos próximos do local de construção, que fica perto da cidade de Palma, na província de Cabo Delgado.
A empresa ainda não decidiu quando retomará o projecto, sendo que coloca várias condições necessárias para uma decisão positiva, que passam pelos custos a suportar, uma situação de segurança melhorada, o regresso de funcionários do Governo moçambicano às cidades de Palma e Mocímboa da Praia e uma avaliação das condições dos direitos humanos na província de Cabo Delgado.
No mês passado, o director executivo da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, visitou aquela província e confiou a Jean-Christophe Rufin, perito em acção humanitária e direitos humanos, uma missão independente para avaliar a situação humanitária na província.
Por seu lado, o CEO da Saipem (o grupo de engenharia italiano subcontratado pela TotalEnergies no projecto de exploração de gás), Alessandro Puliti, espera “reiniciar gradualmente” os trabalhos, “de acordo com as informações recebidas pelos nossos clientes, a partir de Julho deste ano”.
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