A extensão do acordo para exportação de cereais entre Rússia e Ucrânia foi esta terça-feira, 14 de Março, aprovada, por 60 dias, nos termos que foram previamente determinados.
A informação foi avançada pela agência estatal russa TASS, que cita o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Alexander Grushko.
“O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação Rússia, Sergey Vershinin, responsável pelo acordo, fez uma declaração esta segunda-feira. De facto, o acordo foi estendido, a sua extensão por 60 dias foi acordada e foi novamente confirmado como um pacote de acordo”, afirmou Alexander Grushko.
Os russos exigiram, no entanto, que seja cumprida a promessa feita ao Kremlin, na implementação particularmente da segunda via, significando a remoção de todas as sanções, directas e indirectas, no fornecimento de produtos agrícolas russos para mercados internacionais.
O ministro da Infra-estrutura da Ucrânia, Oleksander Kubrakov, referiu, ontem (13), que a proposta russa de estender o acordo de exportação de cereais por apenas 60 dias está em desacordo com o que foi assinado em Julho passado (2022).
“O acordo implica pelo menos 120 dias de prorrogação. A posição russa contradiz o documento assinado pela Turquia e pela ONU”, declarou Kubrakov na rede social Twitter, sublinhando que “a Ucrânia vai esperar que as Nações Unidas e a Turquia, parceiros no acordo, se posicionem sobre a proposta russa”.
A Ucrânia, as Nações Unidas e a Turquia acordaram com Moscovo em 17 de Novembro de 2022, em Istambul, estender a iniciativa para o transporte seguro de produtos agrícolas através do Mar Negro por um período de mais 120 dias.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de Fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). No total, segundo a ONU, já terá resultado na morte de mais de oito mil civis.