Após esta quinta-feira, 9 de Março, ter negociado temporariamente com ganhos, o petróleo está esta sexta-feira a desvalorizar, com o mercado a reagir à possibilidade de um aperto na política monetária nos Estados Unidos, o que poderá reduzir o consumo.
O contrato de Abril do West Texas Intermediate (WTI), benchmark para os Estados Unidos, perde 1,15% para 74,85 dólares por barril.
Por seu lado, o contrato de maio do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,85% para 80,9 dólares. O crude está assim a negociar pelo quarto dia consecutivo com perdas e a caminho da maior queda semanal em mais de um mês.
“Os investidores têm estado incrivelmente cautelosos”, explicaram analista da Haitong Futures noma nota vista pela Reuters.
“Todos os olhos estão nas estatísticas que vão ser divulgadas nos Estados Unidos mais logo e que são o guia mais importante antes de a Fed decidir no que toca ao aumento das taxas de juro”, completou. Esta sexta-feira serão divulgados dados actualizados sobre o desemprego nos Estados Unidos.
No mercado do gás, os futuros estão a subir, numa altura em que greves de trabalhadores em França em infra-estruturas de energia levam a preocupações em relação ao fornecimento desta matéria-prima.
Ao mesmo tempo, temperaturas mais baixas do que o normal para esta altura do ano estão a prolongar o uso de aquecimento a gás além do esperado.
“Tem havido alguma pressão na infra-estrutura devido às greves em França, removendo alguma da flexibilidade do mercado”, explicou o analista Jacopo Casadei, da Energy Aspects, à Bloomberg.
O gás negociado em Amesterdão (TTF), referência para o mercado europeu avança 6,3%, para 46,33 euros por megawatt-hora, invertendo assim as perdas do último dia.