O grupo Nedbank, um dos maiores grupos bancários de África, com operações na África do Sul, Namíbia, Essuatíni, Moçambique, Lesoto e Zimbabué, alcançou um crescimento de 20% nos resultados líquidos do ano passado.
Segundo os dados partilhados pelo banco nesta quinta-feira, 9 de Março, numa conferência de imprensa, os 14 mil milhões de rands (47,6 mil milhões de meticais) alcançados como resultados líquidos foram impulsionados por um crescimento de dois dígitos nas receitas, um rácio de perda de crédito ligeiramente maior e uma boa gestão de despesas.
A rentabilidade dos capitais próprios (ROE) dentro do período aumentou de 12,5 % para 14%, como resultado da melhoria da rentabilidade dos activos do grupo de 0,98% para 1,14%. As posições de capital e liquidez melhoraram, atingindo máximos plurianuais.
O CEO do Nedbank, Mike Brown, referiu que o banco registou esses fortes desempenhos financeiros, apesar do contexto macro-económico desafiador. “Em 2022, a economia sul-africana enfrentou vários desafios globais e domésticos, incluindo a guerra na Ucrânia, os confinamentos na China, o crescimento mundial mais lento, os preços mais baixos das commodities, as inundações destrutivas em KwaZulu-Natal, as interrupções persistentes de energia, bem como as taxas de juro mais altas em 325 pontos-base e a inflação que atingiu o pico de 7,8% em Junho”.
Mike Brown acrescentou que todas as unidades de negócios do grupo bancário reportaram um crescimento confortável dos resultados e rentabilidade dos capitais próprios mais elevados.
No caso particular do Nedbank Moçambique, o presidente da Comissão Executiva (PCE), João Rodrigues, afirmou que os resultados do desempenho de 2022 só estarão disponíveis até ao fim do mês de Março. Ainda assim, garantiu que em 2021 o banco teve uma performance bastante boa. “Em 2021, tivemos resultados líquidos de cerca de 300 milhões de meticais e em 2022 os resultados poderão atingir os 600 milhões de meticais. Portanto, acreditamos que vai ser um dos melhores anos da história do banco em termos de resultados. Estamos a ter um cada vez maior contributo no grupo”.
João Rodrigues justificou que o desempenho se deve a duas grandes razões. “A primeira é que o banco passou a pertencer a uma família maior. Passando de Banco Único para Nedbank conseguimos alcançar outros clientes que não olhavam com confiança para o banco por causa da estrutura accionista. E a segunda está relacionada com as pessoas que o banco tem, pois dependemos de massa cinzenta, dedicação e empenho daquelas para crescer”, concluiu o responsável.
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