Em oposição a modelos mais tradicionais, a implementação da holocracia representa uma grande mudança nas organizações e pode suscitar resistência por parte de profissionais menos receptivos ao esforço de mudança organizativa.
No entanto, este modelo de gestão poderá ser uma motivação extra para a liberdade criativa e celeridade da tomada de decisões. Ainda que, em teoria, o modelo possa ser aplicado a vários tipos de organizações, fará mais sentido em empresas que precisem de responder rapidamente às alterações do mercado e cujos consumidores e profissionais sejam mais permeáveis a processos de mudança, como é o caso dos jovens.
Empresas de tecnologia, startups, empresas da área da comunicação, design, arquitectura ou publicidade são alguns exemplos.
Vantagens e desvantagens da holocracia
Especialistas na área da gestão de pessoas apontam como principais vantagens a autonomia e responsabilidade individual que idealmente conduziria a maiores níveis de motivação, desempenho e eficácia.
Esta autonomia e participação nas decisões importantes é também um factor potenciador da criatividade e talento dos profissionais, ao mesmo tempo que contribui para a retenção de talento e para um bom ambiente organizacional.
A holocracia permite eliminar burocracia e ganhar tempo na tomada de decisões, estando assim a organização mais preparada para os desafios do mercado onde actua.
Uma das desvantagens será a dificuldade de aplicação em grandes organizações com muitos profissionais e, por isso, com maior estratificação hierárquica e funcional.
A necessidade de adaptação dos profissionais e a sua disponibilidade para abandonar a estrutura clássica, com chefes e subordinados, pode ser outro obstáculo.
Os colaboradores precisam de estar preparados para lidar com a autonomia. A holocracia não é sinónimo de carta-branca para fazer o que lhes apetece. Muito pelo contrário, exige uma maior responsabilidade e obriga a uma maior interacção com os elementos do seu e de outros círculos.
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