O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, afirmou nesta quarta-feira, 1 de Março, em Roma, que Moçambique está a fazer grandes esforços para tornar-se auto-sustentável ao nível da agricultura, apostando na transferência de tecnologia, com o apoio de todos os parceiros.
Intervindo durante uma reunião com o director-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, o dirigente moçambicano avançou que existem boas perspectivas para o futuro da agricultura no País, através da intensificação e melhoramento dos trabalhos.
Todavia, Celso Correia frisou que deve haver uma resposta imediata no que diz respeito ao acesso gratuito das sementes para as populações poderem produzir, sobretudo numa altura em que muitas zonas foram afectadas pelas inundações devido às chuvas que se fazem sentir um pouco por todo o País.
“A disponibilização de sementes vai permitir, logo que as águas baixem, que as famílias possam começar a trabalhar. Já estamos a fazer o mapeamento das zonas mais afectadas, mas temos de esperar até ao fim do ciclo das chuvas e ir intervindo de acordo com as nossas capacidades”, declarou o ministro.
Recentemente, a FAO revelou que Moçambique está fora da lista dos países em risco de fome, o que, de acordo com o ministro, representa um grande sucesso dos moçambicanos.
“Estamos a ter estes resultados em termos de eliminação da fome, mas agora o nosso grande desafio é ter a certeza que são sustentáveis e consolidar este princípio continuando neste caminho. Os dados indicam que menos de 10% da população está em situação de insegurança alimentar, o que significa que 90% da população tem alimentação segura e já consegue ter três refeições por dia. Agora temos, sim, de melhorar a sua dieta e ter mais estabilidade no acesso aos alimentos”, rematou a fonte.
No encontro, fora a agricultura e o estágio da segurança alimentar no País, Celso Correia afirmou que foram também abordados temas relacionados com as perspectivas de futuro e a necessidade de uma resposta conjunta aos desafios espoletados pelos choques climáticos que Moçambique enfrenta.
A visita de Celso Correia a Roma prosseguirá com encontros no Fundo Internacional de Desenvolvimento da Agricultura (FIDA), no Programa Alimentar Mundial (PMA) e no Ministério da Agricultura italiano.
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