Foi na passada quinta-feira que a vice-ministra da Indústria e Comércio, Ludovina Bernardo, manifestou, em Gabarone, Botsuana, na sessão do Conselho de Ministros da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), a vontade do Governo em depositar o acordo ratificado ainda este trimestre, de modo a permitir que o País explore as oportunidades de negócio que este espaço oferece.
Segundo o jornal notícias, a sessão do Conselho de Ministros da Zona de Comércio Livre Continental Africana destinava-se a avaliar os passos do processo, sendo que, neste momento, o instrumento encontra-se na fase de publicação no Boletim da República (BR), depois de ter sido aprovado pela Assembleia da República (AR) em Dezembro de 2022.
Segundo Ludovina Bernardo, a aprovação, por consenso, demonstra a percepção que os parlamentares têm sobre a importância da ZCLCA, das transformações positivas que trará para o continente e para a incorporação do comércio nas políticas de desenvolvimento, para além de usar o comércio como um veículo para o crescimento de África.
“Moçambique fará tudo para que o depósito do instrumento de ratificação aconteça, principalmente num ano em que todos seremos chamados a acelerar a implementação do acordo que cria a Zona de Comércio Livre Continental Africana”, afirmou Ludovina Bernardo.
A governante esclareceu que, ao aprovar a resolução, a AR recomendou que na implementação do acordo, o Governo procure maximizar o impacto do mesmo no aumento das capacidades comerciais e de exportação dos sectores formal e informal, bem como na construção de infra-estruturas robustas de modo a fazer face às exigências do comércio internacional.
“Moçambique espera a necessária contribuição e colaboração de todos os Estados-parte, e com o sector privado a desempenhar o seu papel na implementação destas recomendações, pois a ratificação do acordo da ZCLCA tem a particularidade de acontecer num período em que estamos a implementar uma ambiciosa agenda de medidas políticas com vista ao estímulo, recuperação e alavancagem da modernização económica”, frisou a fonte.
De lembrar que o Governo está à procura de parceiros para implementar o Programa Nacional Industrializar Moçambique (PRONAI), projecto de médio e longo prazo, cujo objectivo geral é contribuir para o aumento da produção industrial, com uso do conteúdo local, para estímulo da produção e do comércio e ainda da geração de oportunidades de trabalho e rendimentos para jovens.