O secretário-geral do Fórum de Macau, Ji Xianzheng, defendeu esta quarta-feira, 15 de Fevereiro, que o organismo vai aproveitar as vantagens dos países lusófonos para apoiar a diversificação económica do território.
Ji Xianzheng referia-se, além do sector de turismo e lazer, à promoção do desenvolvimento das quatro principais indústrias de desenvolvimento prioritário, a da tecnologia de ponta, a big health, a financeira moderna e a de convenções e exposições, cultural e desportiva.
Para o responsável, este apoio vai enriquecer “as funções da plataforma dos serviços para a cooperação comercial entre a China e os países lusófonos e apoiar Macau na integração na conjuntura do desenvolvimento chinês”.
“Os países participantes do Fórum de Macau têm seguido o seu plano de acção e a declaração conjunta, definidos na conferência ministerial, não relevando a dissociação, nem prevalecendo o isolacionismo, mas sim aderindo ao espírito de cooperação para ganhos comuns, realização recíproca e criação conjunta para um futuro prometedor compartilhado”, sublinhou.
No almoço oferecido aos órgãos de comunicação social, o secretário-geral destacou que este ano (2023) vai marcar o 20.º aniversário do estabelecimento do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau) e a 15.ª edição da Semana Cultural da China e das nações lusófonas.
Em 2003, a China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, através do Fórum Macau.
Tutelado pelo Ministério do Comércio da China, o Fórum assume-se como “um mecanismo multilateral de cooperação intergovernamental centrado no desenvolvimento económico e comercial, tendo como objectivos consolidar o intercâmbio económico e comercial sino-lusófono”.
O secretariado permanente do Fórum integra, além de um secretário-geral e de três secretários-gerais adjuntos, os nove delegados dos países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
O secretário-geral lembrou que, no ano passado, o Fórum de Macau realizou a reunião extraordinária ministerial, em formato on-line e off-line, sob o lema “Um Mundo sem Pandemia, Um Desenvolvimento Comum”, tendo o território como local principal.
Na reunião extraordinária ministerial foram aprovadas a declaração conjunta e a adesão oficial da República da Guiné Equatorial como país participante.
Inicialmente prevista para 2019, a sexta conferência ministerial foi adiada para Junho de 2020, devido às eleições para o Parlamento de Macau, mas não se realizou devido à pandemia do covid-19.
Ao longo de 2022, o secretariado permanente recebeu ainda mais de vinte delegações económicas e comerciais da China, participou em mais de dez actividades de promoção económica e comercial, organizou três colóquios temáticos on-line e realizou a 14.ª semana cultural da china e dos países lusófonos.