O ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, afirmou esta terça-feira, 7 de Fevereiro, que Angola possui actualmente 36 dos 51 minerais considerados mais críticos do mundo, nomeadamente crómio, cobalto, cobre, grafite, chumbo, lítio, níquel e outros, que representam uma oportunidade geracional para o Governo angolano.
A informação foi avançada no Fórum Angolano de Investimento Mineiro, enquadrado na Conferência Mining Indaba 2023, que decorre na Cidade de Cabo, África do Sul.
Segundo o governante, Angola tem oportunidades críticas de investimento em minerais e será uma fonte confiável para os minerais críticos necessários para a transição energética.
“No entanto, devemos enfatizar que o Executivo angolano não apenas promoverá a extracção desses minerais, mas exigirá também que uma parte significativa da sua cadeia de valor seja desenvolvida no nosso país”, frisou.
Neste fórum, que decorreu sob o lema “Minerais Críticos para a Transição Energética”, o ministro angolano assegurou que a actual lista de minerais críticos que Angola possui fornece maior confiança e previsibilidade aos investidores, nas prioridades e capacidades de o país produzir minerais críticos, e estimou, para os próximos cinco anos, o início da produção de neodímio e praseodímio, metais utilizados na fabricação de baterias para carros eléctricos, além de cobre e nióbio.
“Isto significa que Angola pode dar um grande salto em termos de mineração de minerais críticos, nos próximos cinco anos”, previu.
O governante salientou que actualmente os minerais críticos representam uma oportunidade geracional para o Governo de Angola, economia e futuro líquido zero, por serem a base sobre a qual a tecnologia moderna é construída.
“Deixem de dizer, simplesmente. Confirmem que não há transição energética sem minerais críticos e é por isso que a resiliência da cadeia de suprimentos destes é uma oportunidade crescente para as economias avançadas”, apontou Diamantino Pedro Azevedo.
Ao investir naquele tipo de minerais, argumentou, “está-se a construir uma base industrial sustentável para as próximas gerações”.
O governante garantiu ainda aos potenciais investidores que o seu país tem depósitos significativos de minerais críticos, um ambiente de investimento estável e um forte modelo regulatório e de boa governança para atrair empresas confiáveis dos principais investidores do mundo.
“Para simplificar, podemos dizer que os nossos potenciais investidores precisam de confiar em alguém. Vamos fazer, então, com que confiem em nós”, rematou o ministro angolano, que chefia a delegação angolana no evento.
A Conferência Mining Indaba 2023, considerada o maior evento africano de investimentos do sector mineiro, decorre até quinta-feira (9).
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