A empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) está a apoiar as obras de reconstrução da linha férrea do Maláui. Com efeito, partiu, na última sexta-feira, 3 de Fevereiro, do porto da Beira, um comboio que transportava o material necessário, sobretudo cimento.
Um comunicado da CFM indica que “a operacionalização da linha vai permitir, numa primeira fase, a circulação de comboios comerciais de carga do porto da Beira até ao vizinho Maláui e, posteriormente, a circulação de comboios de passageiros”.
O restabelecimento da ligação ferroviária entre os dois países, através do ramal ferroviário Vila Nova da Fronteira em Mutarara, Tete, até Nsanje, no Maláui, vai reforçar a conectividade e competitividade das infra-estrututras de transporte da SADC.
Com esta linha férrea, o Maláui pretende exportar o seu açúcar para o mercado europeu através do porto da Beira e, numa segunda fase, estabelecer a comunicação ferroviária Beira-Lilongwe, o que poderá reactivar o transporte de passageiros paralisado há décadas. Com esta reactivação, espera-se responder às preocupações dos agentes económicos e dos povos de Moçambique e do Maláui, com a redução de custos de transporte ao longo de todo o trajecto.
Numa fase mais consolidada do projecto, é expectável que o desenvolvimento ao longo do corredor e da região do interland seja catapultado, provocando uma expansão do serviço de transporte ferroviário de passageiros entre o território moçambicano e o Maláui.