O combate aos crimes de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo ainda representa um desafio em Moçambique, que, em Outubro passado, foi colocado pelo Grupo de Acção Financeira (GAFI) na lista cinzenta de vigilância reforçada devido a “deficiências estratégicas”.
Entretanto, para reverter este cenário e procurar estratégias para responder às exigências impostas pelo Grupo de Acção Financeira, o Governo revelou esta segunda-feira, 6 de Fevereiro, em Maputo, que vai criar uma legislação adequada para combater estas lacunas e retirar Moçambique da lista cinzenta no prazo máximo de três meses.
“Estamos na lista cinzenta precisamente por não termos um regime jurídico efectivo. Com a aprovação deste, poderemos sair da lista cinzenta para outra, porque não é confortável, não conseguimos controlar a movimentação dos capitais”, afirmou o secretário permanente do Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Manuel Malunga.
Falando à margem de um encontro de reflexão, promovido por aquele Ministério, Manuel Malunga frisou que o crime de branqueamento de capitais, além de prejudicar a economia, coloca o País numa situação desconfortável, naquilo que são os padrões internacionais de combate.
Com duração de três dias (termina amanhã, quarta-feira, 8), participam também no encontro membros do Gabinete de Informação Financeira do Estado, o Banco de Moçambique e diversos parceiros de cooperação.
O anúncio do Grupo de Acção Financeira de colocar Moçambique na lista cinzenta foi feito no final de uma reunião plenária, em Paris, a 21 de Outubro de 2022, que juntou delegados dos 200 países e jurisdições que integram este órgão de vigilância internacional contra actividades ilegais e criminosas.
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