A popularidade do ChatGPT tem levado muitos especialistas a questionar a sobrevivência de motores de busca como o Google. Paul Buchheit, o criador do Gmail, é um deles e acredita que o negócio da tecnológica durará, no máximo, dois anos.
Lançado em Novembro de 2022, o ChatGPT tornou-se no destino favorito para milhões de utilizadores, relatou a revista Interesting Engineering. Ao invés de fornecer uma resposta com dezenas de páginas, este responde às perguntas num estilo de conversação, facilitando a pesquisa posterior.
Mas poderá esta nova tecnologia acabar com o principal produto da Google – o seu motor de busca?
No Twitter, Paul Buchheit escreveu que o ChatGPT pode eliminar a necessidade de páginas de resultados provenientes do motor de busca, que é onde a empresa faz a maior parte do seu negócio.
A Google cobra aos anunciantes uma taxa por apresentar os seus produtos e serviços ao lado dos resultados da pesquisa, aumentado a probabilidade de ser encontrado. Em 2021, a empresa arrecadou mais de 250 mil milhões de dólares em receitas, o seu melhor rendimento de sempre na sua existência de quase 25 anos.
Com a introdução do ChatGPT, o motor de busca da Google pode ser rapidamente descartado, uma vez que os utilizadores buscam respostas mais simplificadas, e mesmo que a empresa fosse capaz de empurrar para o mercado os seus produtos de Inteligência Artificial (IA), Paul Buchheit não vê como o poderia fazer sem destruir a parte mais valiosa do seu negócio.
Entretanto, e segundo o site australiano Man of Many, a Google pretende lançar uma versão do seu motor de busca com características de chatbot este ano, juntamente com 20 projectos alimentados por IA, que ajudarão a reforçar o seu portefólio e enfrentar a ameaça crescente.
Recentemente, a Microsoft anunciou a sua terceira ronda de parceria com a OpenAI – criadora do ChatGPT -, tendo planos para integrar o chatbot no seu próprio motor de busca – o Bing.
As rodas para desenvolver um motor de busca com um chatbot na Google estão a girar, com a organização a recorrer à ajuda dos fundadores Larry Page e Sergey Brin.
Fonte: Zap Aeiou
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