O Governo moçambicano, juntamente com mais 11 países africanos, comprometeu-se ontem, 1 de Fevereiro, a erradicar a sida em crianças até 2030 através da aplicação de programas de tratamento, prevenção e testagem da doença.
De acordo com a agência de notícias EFE, a Costa do Marfim, Camarões, República Democrática do Congo, Quénia, Nigéria, África do Sul, Angola, Tanzânia, Uganda, Namíbia e Zâmbia fizeram esta promessa na primeira reunião ministerial da Aliança Global para Erradicar a Sida em Crianças, que decorreu nesta quarta-feira, em Dar es Salaam, capital comercial da Tanzânia.
O objectivo, fixado no ano passado pela ONUSIDA, recebeu o apoio unânime dos 12 países na reunião, na qual também participaram outras agências das Nações Unidas, como a Organização Mundial de Saúde e a UNICEF.
“Todos nós, nos nossos cargos, devemos ter um papel a desempenhar para acabar com a sida nas crianças. A Aliança Global é o rumo certo e não devemos dar-nos por satisfeitos. O ano de 2030 está já ao virar da esquina”, enfatizou o vice-presidente da Tanzânia, Philip Mpango.
A primeira-dama da Namíbia, Monica Geingos, apoiou aquelas palavras e defendeu um “plano claro de acção” para “acabar com a sida nas crianças de uma vez por todas”, uma vez que “não há maior prioridade que esta”.
O trabalho destes países, que apresentam elevadas taxas de infecção da doença, vai centrar-se na realização de testes periódicos e dar um melhor tratamento a bebés, crianças e adolescentes, estando também prevista uma melhoria do tratamento dado às grávidas e lactantes que vivem com o HIV (vírus que causa a sida), para eliminar a transmissão hereditária.
De acordo com os dados da ONUSIDA, citados pela EFE, uma criança em cada cinco minutos morre de causas relacionadas com esta doença.
“Esta reunião deu-me esperança”, admitiu a directora executiva da ONUSIDA, Winnie Byanyima, citada num comunicado, no qual acrescentou: “Com a ciência que temos hoje, nenhum bebé tem de nascer com o HIV ou infectar-se durante a amamentação e nenhuma criança que vive com o HIV deve estar sem tratamento”.