O Fundo Global alocou, no passado mês de Dezembro, uma subvenção de 770 milhões de dólares (49,1 mil milhões de meticais) ao Mecanismo de Coordenação do País (MCP) para reforçar a resposta nacional às epidemias do HIV/SIDA, malária e tuberculose nos próximos três anos.
O Mecanismo de Coordenação do País (MCP) é o órgão que coordena a implementação dos programas financiados por esta iniciativa mundial de controlo das três doenças. Para o efeito, o sector da saúde e parceiros estão a discutir as prioridades para a utilização do montante alocado a Moçambique na resposta aos objectivos e desafios durante o período 2024-2026.
A alocação do valor acontece num contexto em que a malária, a tuberculose e o HIV/SIDA continuam a ser as principais causas de internamento nas unidades sanitárias.
Só no ano passado o sector registou um incremento no número de casos de malária, ao diagnosticar mais de dez milhões de pacientes com a doença, contra os cerca de oito milhões notificados em 2021.
No que diz respeito ao HIV/SIDA, apesar da redução da prevalência entre adultos, que passou de 13,2% para 12,4%, o país continua entre os que têm as taxas mais altas de novas infecções, cerca de 98 mil.
Por outro lado, Moçambique alcançou avanços significativos na taxa de cura de pacientes com tuberculose, ao atingir mais de 90%, mercê da introdução de novos modelos terapêuticos às pessoas em risco.
Citado pelo jornal Notícias, Francisco Mbofana, presidente do MCP, referiu que decorrem encontros que visam identificar as prioridades que serão apresentadas ao mais alto nível.
“Os resultados do diálogo nacional serão as prioridades do País em relação aos programas destas doenças, alinhadas com as estratégias governamentais de HIV, malária e tuberculose, a fim de desenvolver um plano que será apresentado ao Fundo Global”, explicou Francisco Mbofana.
A fonte referiu que o valor está a dar uma contribuição significativa para os progressos alcançados na redução da mortalidade causada pela malária e no aumento da adesão aos mecanismos de prevenção do HIV/SIDA no país.
“Os números elevados anunciados são resultado de um maior acesso aos métodos de diagnóstico. Mas há também campanhas maciças de distribuição de redes mosquiteiras que contribuem para a recessão dos casos de malária”, concluiu.
A subvenção do Fundo Global coordenado pelo MCP actualmente é implementada por quatro organizações: Ministério da Saúde (MISAU), Colaboração em Saúde (CCS) e Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC).
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