O ministro da Defesa, Cristóvão Chume, considerou que as operações com apoio das forças estrangeiras em Cabo Delgado resultaram em “progressos assinaláveis” no combate contra o terrorismo em Moçambique.
“Desde o desdobramento da missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM), em 2021, as acções combinadas desta missão, em complemento com as das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, resultaram em progressos assinaláveis, sendo também de reconhecer, para o efeito, o apoio do efectivo militar do Ruanda”, referiu Cristóvão Chume, num discurso citado pela Lusa.
Cristóvão Chume falava na terça-feira, 31 de Janeiro, durante uma reunião sobre Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), na capital da Namíbia (Windhoek).
Embora assinale progressos no combate a grupos rebeldes no Norte de Moçambique, o governante apontou para a necessidade de serem tomadas medidas “apropriadas”, na medida em que as novas estratégias dos insurgentes consistem em dividir-se em pequenos grupos para continuarem a protagonizar ataques armados.
“As acções de vigilância revigorada das Forças Armadas de Defesa de Moçambique não têm permitido que os terroristas se expandam por outras regiões do País, devendo a sua perseguição e combate serem prosseguidos”, declarou Cristóvão Chume.
A província de Cabo Delgado está assolada por um conflito desde 2017 que aterroriza as populações. Grupos de rebeldes armados têm pilhado e massacrado aldeias e vilas um pouco por toda a província e uma variedade de ataques foi reivindicada pelo ‘braço’ do autoproclamado Estado Islâmico naquela região.
O conflito já provocou mais de 4000 mortes (dados do The Armed Conflict Location & Event Data Project) e pelo menos um milhão de deslocados, de acordo com um balanço feito pelas autoridades moçambicanas.
Desde Julho de 2022 que uma ofensiva militar de Maputo, com apoio do Ruanda e, posteriormente, da SADC, possibilitou um clima de maior segurança na região que não era sentido há anos, e recuperou localidades que estavam controladas pelos rebeldes, como a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde 2020.
Discussion about this post