O Mecanismo Africano de Financiamento de Fertilizantes (AFFM, na sigla em inglês) recebeu, recentemente, um apoio financeiro de 10,15 milhões de dólares da Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (NORAD), cujo objectivo é apoiar projectos agrícolas para pequenos agricultores no Uganda, Quénia e Moçambique.
Segundo o portal de notícias busiweek.com, a contribuição da NORAD permitirá ao AFFM fornecer garantias de crédito até 36 meses para países como Uganda, Quénia e Moçambique, com a alavancagem (mecanismo no qual se usa mais dinheiro do que se tem disponível para realizar operações financeiras) esperada de pelo menos dez vezes o montante da garantia de crédito, permitindo o acesso a 85 000 toneladas métricas de fertilizantes para 850 000 pequenos agricultores nos três países.
A contribuição da NORAD irá reforçar a Facilidade Africana de Produção Alimentar de Emergência, uma iniciativa de resposta rápida do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento para enfrentar a actual crise alimentar em África, que tem sido exacerbada pelas alterações climáticas, conflitos, pragas e doenças.
O Mecanismo Africano de Financiamento de Fertilizantes, cujo propósito consiste em definir estratégias sobre soluções financeiras inovadoras para promover o acesso a fertilizantes de qualidade e a preços acessíveis em África, recebeu uma primeira prestação de 8,73 milhões de dólares através da Facilidade Africana no dia 27 de Dezembro de 2022.
A coordenadora do AFFM, Marie Claire Kalihangabo, entende que “este financiamento providenciará garantias de crédito para o fornecimento de fertilizantes em larga escala aos fornecedores, colmatará a lacuna desse fornecimento e facilitará ainda o acesso ao crédito a agro-comerciantes.”
O apoio financeiro da NORAD vem no momento em que o Banco Africano de Desenvolvimento se prepara para acolher a Cimeira Alimentar de Dacar (Senegal) no final deste mês, que se realizará sob o lema “Alimentar África: Soberania e Resiliência Alimentares”.
A ocasião reunirá líderes governamentais de todo o continente africano, líderes do sector privado, representantes de organizações multilaterais e organizações não-governamentais, bem como cientistas e investigadores, para explorar formas de enfrentar os crescentes desafios da segurança alimentar em África.
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