A Toyota revelou dois exemplares reconstruídos do clássico Corolla GT-S dos anos 1980, conhecido pelo código interno AE86: um desses veículos tem uma motorização eléctrica a bateria e o outro está equipado com um motor de combustão a hidrogénio.
A marca japonesa levou estes dois modelos ao Salão Automóvel de Tóquio (um evento anual que decorre durante três dias no Japão, realizado entre os dias 13 a 15 de Janeiro) como forma de demonstrar como os veículos mais antigos – especialmente os apreciados pelos entusiastas – podem ser mantidos na estrada mesmo com padrões de emissões mais rígidos.
“A realidade é que não podemos atingir emissões zero de carbono em 2050 simplesmente mudando todas as vendas de carros novos para EV”, afirmou o CEO da Toyota, Akio Toyoda, no seu discurso na abertura do salão de Tóquio.
Na perspectiva da Toyota, muitos veículos de combustão interna antigos permanecerão em circulação durante muito tempo, e mesmo após as vendas de viaturas novas passarem a ser integralmente eléctricas.
Tendo em conta essa realidade, a reconversão de veículos actuais e clássicos para eléctricos é uma outra forma possível de reduzir emissões.
“Existe um caminho neutro em carbono que os amantes de carros podem seguir”, referiu Akio Toyoda.
A Toyota mostrou, assim, dois Corolla GT-S. O primeiro é o concept AE86 H2 que utiliza um motor de combustão que consome hidrogénio em vez de gasolina. Neste veículo, o hidrogénio é armazenado em dois tanques de alta pressão, aproveitados de um veículo de célula de combustível Toyota Mirai.
Em segundo, o também concept AE86 BEV é alimentado por um motor eléctrico proveniente de uma pick-up híbrida Toyota Tundra, tendo ainda a bateria oriunda do híbrido plug-in Prius. Por questões de sustentabilidade, ambos os conceitos têm bancos “rejuvenescidos” e cintos de segurança feitos de uma mistura de material usado e reciclado.
A maior surpresa consiste numa transmissão manual e a Toyota diz que é para manter o equilíbrio de peso do carro tão próximo quanto possível do original. A marca reivindica que o veículo proporciona uma experiência única de condução, combinando o envolvimento de um carro com três pedais com as “características robustas de condução” de um veículo eléctrico.
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