O Ministério da Saúde (MISAU) está a postos para fazer face ao aumento dos casos de cólera em diversas províncias e garante a disponibilidade de fármacos para fazer face à doença em pleno pico da época chuvosa iniciada em Março e que se prolonga até Abril. Até ao momento, o País registou 18 óbitos devido à cólera num universo de perto de dois mil casos.
Niassa, no norte, Zambézia, Sofala e Tete no centro, e Gaza no sul de Moçambique são as províncias com casos confirmados de cólera. O chefe do Departamento de Vigilância no Ministério da Saúde, Domingos Guihole, assegura que as autoridades com profissionais estão em prontidão e que existem medicamentos disponíveis.
“A nossa central de medicamentos e artigos médicos tem quantidades necessárias de soros necessários para administrar aos doentes que entram nos nossos centros de tratamento”, indicou Domingos Guihole, citado pela Rádio France Internacional (RFI).
Para já, e segundo Ramos Mboane, porta-voz do Governo da província do Niassa, onde ocorreram os 18 óbitos até agora contabilizados no País, não avança para qualquer possibilidade de adiamento da abertura do ano lectivo que arranca no dia 2 de Fevereiro.
“Ao nível da província de Niassa, não temos nenhuma informação ainda de interferência na abertura do ano lectivo escolar com a situação de cólera”, relatou Ramos Mboane.
A cólera é uma doença tratável, que provoca fortes diarreias, mas que pode também originar a morte por desidratação se não for prontamente combatida – sendo causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.
Moçambique, considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, está em plena época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de Outubro e Abril, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.