O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, informou esta sexta-feira, 20 de Janeiro, que a economia angolana irá crescer 3,3% em 2023, podendo a inflação ficar num dígito e terminar o ano nos 9%.
José de Lima Massano apresentou as previsões após a 109.ª reunião do Comité de Política Monetária (CPM), em que foi decidida a descida de todas as taxas directoras do banco central.
Em 2022, o Produto Interno Bruto cresceu em torno de 3,17%, suportado essencialmente pelo sector não petrolífero com destaque para os serviços mercantis, sector diamantífero, agricultura e sector de construção.
O responsável do BNA avançou ainda que, em 2022, foi observada “uma forte desaceleração do nível geral dos preços, com a taxa de inflação, no final do ano, a alcançar os valores mais baixos dos últimos cinco anos”, fixando-se nos 13,86%.
“O comportamento da inflação deveu-se ao curso da política monetária, à apreciação da moeda nacional em relação às moedas usadas nas trocas comerciais, bem como ao aumento e regularidade da oferta de bens de amplo consumo, com destaque para os bens alimentares”, esclareceu Lima Massano.
Para 2023, o BNA prevê que a economia nacional prossiga uma trajectória ascendente, crescendo a uma taxa de 3,3%.
Quanto à taxa de inflação, “perspectiva-se que continue o seu percurso de desaceleração em 2023, terminando o ano entre 9% a 11%”, como resultado do comportamento favorável das variáveis referidas.
“Temos um comportamento de preços em contraciclo com o que está a acontecer noutras economias e cria-se uma oportunidade para ter taxas de juro mais favoráveis”, sublinhou o responsável, acrescentando que o BNA está a migrar para o regime de metas de inflação.
“Pretendemos alcançar um dígito de inflação e modernizar os nossos instrumentos”, continuou.
Durante a conferência de imprensa em que foram apresentadas as conclusões do CPM, o governador do BNA abordou também o mercado cambial que “continua o seu caminho” e tem conseguido “corrigir os desequilíbrios”, afirmando que estão a ser tomadas medidas para que as operações cambiais sejam cada vez menos uma dificuldade para pessoas e empresas.
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