Também conhecida por ânfora ou pote de barro, a talha é um dos mais antigos recipientes para fermentar mostos, estagiar, conservar e transportar vinho.
Como se faz um vinho de talha?
A técnica milenar de vinificação deste produto único e sublime foi sendo passada de geração em geração, mas pouco mudou. É usada tanto para vinhos tintos, feitos com as castas Moreto e Tinta Grossa, como para vinhos brancos. Não existe apenas uma maneira de fazer vinho de talha, varia ligeiramente consoante a tradição local.
Mas, de um modo geral, as uvas são esmagadas e colocadas dentro das talhas onde ocorre espontaneamente a fermentação alcoólica, que dura entre oito a 15 dias. Durante a fermentação, as películas que sobem à superfície são mexidas manualmente com um rodo de madeira, chamado “macaco”, e mergulhadas novamente no mosto, de modo a evitar oxidação e extrair o máximo de cor, aroma e sabor. Terminada a fermentação alcoólica, as massas ficam no fundo. Na base da talha, coloca-se uma torneira no orifício existente e o vinho sai puro e límpido. É um processo simples e natural.
Os vinhos de talha estão a tornar-se mais visíveis, e cada vez mais produtores apostam na sua produção, comercialização e divulgação.
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