A ascensão de ferramentas de Inteligência Artificial e de algoritmos cada vez mais desenvolvidos podem tornar determinadas tarefas mais simples de realizar, tornando também redundantes algumas profissões.
Mais quais são as profissões que mais vulneráveis estão à implementação de sistemas de IA no mundo do trabalho? Pois bem, o site de notícias Gizmodo olhou para os sistemas de IA que estão actualmente entre nós e elaborou uma lista das profissões que mais estão em risco de se tornarem obsoletas.
Fazem parte dessa lista as seguintes profissões:
Artistas
Como o advento de ferramentas como o gerador de imagem DALL-E, não pode deixar de parecer possível, se não provável, que a IA poderá substituir os artistas. Até agora, programas como o DALL-E têm servido sobretudo como novidades. Mas à medida que vão melhorando, existem muitas preocupações sobre o tipo de impacto que a “IA generativa” poderia ter – e muitos espectadores têm-se interrogado se este poderá ser o fim da arte humana tal como a conhecemos.
Apoio ao Cliente
Uma das indústrias que os “chatbots” da IA são mais susceptíveis de “perturbar” é o serviço de apoio ao cliente. A maioria dos websites já tem chatbots para responder a perguntas, mas os operadores humanos ainda são frequentemente necessários para ajudar os clientes com problemas mais complicados. No entanto, à medida que as empresas começam a implementar colaboradores sofisticados movidos por IA como o ChatGPT, será que os humanos ainda serão necessários? Alguns previram que a automatização em massa está a chegar à indústria de serviço de apoio ao cliente.
Copywriters
Uma das profissões mais vulneráveis à automatização é a redacção de textos para publicidade e websites. As soluções automatizadas já começaram a surgir. Agora que plataformas algorítmicas ainda mais poderosas como o ChatGPT estão a ver a sua estreia, muitos prevêem uma grande automatização para a indústria do copywriting.
Advogados
A agência noticiosa britânica Reuters relatou recentemente que os advogados-robot podem ser uma realidade num futuro não muito distante, explicando a aparente capacidade dos “chatbots” de redigir com precisão os resumos jurídicos. A empresa de serviços jurídicos DoNotPay, por exemplo, ofereceu um milhão de dólares a qualquer advogado disposto a deixar o seu algoritmo “Robot Lawyer” fazer o seu argumento legal para a empresa apresentar ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos. O chatbot do DoNotPay está pronto para argumentar sobre uma multa de trânsito num tribunal real.
Cientistas
Talvez os próprios cientistas não sejam substituídos, mas a escrita científica poderá ser automatizada num futuro próximo. Isto segundo um estudo recente da Northwestern University, nos Estados Unidos da América, que afirma que nem mesmo os próprios cientistas conseguiriam muitas vezes distinguir entre os resumos científicos escritos por humanos e os escritos por ChatGPT. O estudo mostrou que os humanos só conseguiram deduzir correctamente se um humano ou um robot escreveu os resumos cerca de 68% das vezes.
Programadores
Nos últimos anos assistiu-se ao aparecimento de plataformas como o AlphaCode, que se diz ser capaz de “competir com os humanos na resolução de problemas simples de informática-ciência”. Ao mesmo tempo, os “chatbots” como o ChatGPT também demonstraram ser capazes de automatizar certas partes do processo de codificação.
Modelos e Influecers
Aparentemente os robots poderão fazer incursões na indústria da moda nos próximos anos. Grandes empresas retalhistas já tiveram a ideia de modelos de Computer Graphic Imagery ou GCI (imagens geradas por computador) para vender roupa. De um ponto de vista comercial, isto faz sentido: porquê contratar um humano caro e de boa aparência quando se pode simplesmente usar software para criar um digitalmente?
Jornalistas
Há ainda alguma confusão para perceber se robots como o ChatGPT poderiam ser utilizados pelas redacções para “aumentar” as operações de escrita de notícias. Uma vez que o ChatGPT é bom a agregar informação à velocidade da luz, alguns sugeriram que poderia ser útil para reembalar conteúdos que já foram publicados noutros locais.
Gizmodo
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