Na passagem do ano, todos os anos, se deseja um Feliz ano novo.
Mas isso depois passa.
E em todo o planeta é igual. Happy new year!
Existem muitas frases e mais elaboradas.
“Votos de tudo bom para este ano.”
“Muita saúde!”
“Próspero ano novo!”
“Sucessos!”
Mas na essência tudo vai dar ao mesmo: desejar a felicidade.

Porque a felicidade é o que qualquer ser humano procura.
É a maior ambição de todas. E a razão pela qual se vive.
Depois, com o passar dos meses, todos os anos, parece que esquecemos o que desejamos aos outros e a nós próprios. Acreditamos que a razão supera a emoção.
Esquecemos que a felicidade não tem lógica.
Entra o dia-a-dia. E a felicidade que desejámos para os outros e nós próprios na virada do ano dá lugar à realidade da vida.
E é sobre esse dia-a-dia real do ano inteiro que se deve aprofundar sobre o ser humano.
Isso é essencial no marketing.
Porque só conhecendo realmente o que move e comove as pessoas, conseguimos comunicar melhor.
Os melhores profissionais de marketing são como um bom terapeuta.
Sabem tocar nos pontos certos para aliviar o paciente.
Este texto é sobre a importância de entender porque procuramos a felicidade a qualquer custo todos os dias.
E por isso podemos dizer que a felicidade não tem preço.
Todos querem ter mais. Depois acham que ter mais é ter menos. Como se diz localmente em Moçambique: Nunca se está conforme
As marcas que entenderem esse aspecto fundamental da vida vão comunicar com mais eficácia. Criar produtos e serviços que deixem os consumidores mais felizes. E sobretudo perceber que as Empresas que se preocuparem genuinamente mais com a felicidade dos seus clientes do que com a sua terão melhores resultados.
Como as estratégias de comunicação e campanhas devem ser feitas para oferecer mais do que a oferta descrita nos briefings. Devem oferecer um sorriso.
A passagem do ano já passou.
Vamos passar à frente
De formas diferentes, todos procuram a felicidade.
A maior parte das pessoas acha que nunca está realmente totalmente feliz.
Falta sempre alguma coisa.
Os jovens querem ser mais velhos. Os velhos querem ser mais jovens.
Os altos acham que estão muito altos. Os baixos queriam ser mais altos.
Os fortes acham que estão gordos. Os magros queriam ter um pouco mais de peso.
Os honestos vivem felizes e bem com esses valores e princípios. Os ladrões roubam bens sem achar mal, achando que serão mais felizes assim.
A pessoa que não tem carro sonha em ter um. A que já tem quer um melhor.
Todos querem ter mais. Depois acham que ter mais é ter menos.
Como se diz localmente em Moçambique, “nunca se está conforme.”
O ser humano vive inconformado.
E isso leva cada um a tomadas de decisões que são cruciais analisar.
Fazem-se pesquisas de mercado infinitas. Mas o que as pessoas pesquisam é a felicidade até ao infinito.
Marketing é psicologia de massas.
Mas pode tornar-se num emaranhado como num spaguetti.
Se queremos comunicar com eficácia temos de falar as coisas mais simples. Aquelas que só o povo sabe. As mais verdadeiras e reais.
É muito bom comer de vez em quando um bom sushi. Mas a comida local é muito M´boa. Mais saborosa. E com ingredientes mais frescos. O sorriso sai mais fácil.
Há muito a aprender sobre este tema que não se consegue num curso superior. É no curso da vida.
E para isso temos de ser sempre inferiores a qualquer superioridade. Mais humanos.
É um tema complexo. E no entanto a felicidade é simples.
Nascemos da mesma forma. Morremos da mesma forma. E todos queremos apenas levar uma vida feliz.
Não cabe dentro deste texto a felicidade.
Nem em nós próprios cabe.
É comum dizer “esta felicidade é tanta que não cabe em mim.”
O propósito das marcas.
O Budismo também aprofunda muito este tema.
Segundo o Dalai Lama, o maior propósito da vida é a felicidade. Todas as marcas fortes têm o que se chama em bom marketês, o brand purpose. O propósito maior da marca.
Já participei em inúmeras sessões com algumas das maiores marcas globais e locais a analisar o propósito das marcas. O seu posicionamento global. A sua relevância para o mercado moçambicano. Passam-se dias e semanas em sessões intermináveis para entender o que deve ser aplicado depois em cada acção da marca.
Por norma, o brand purpose também assenta sempre na felicidade de diferentes formas.
Dependendo do ramo de actividade da empresa e da marca.
Ou seja, é sempre a procura do papel da marca em fazer o bem na sociedade.
Ter um sentido maior do que a empresa, e do que os seus produtos e serviços.
Isso só as marcas conscientes dessa importância conseguem.
Desde a felicidade instantânea como no caso dos produtos FMCG. Ou a felicidade a longo prazo em outros casos.
Não importa. Todos os caminhos vão dar a esse mesmo destino comum de toda a humanidade.
Nesta altura, é comum também se traçarem planos e resoluções para o ano novo que começa. Listas longas disto e daquilo para a estrada que temos pela frente.
Então, ao percorrer esse caminho durante este ano, os próximos e todos os outros, faça com que em cada dia se realize o maior desejo.
Esse que o mundo inteiro já há muito tempo sintetizou numa só frase:
Feliz ano novo.