O conselho do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou o desembolso de 447 milhões de dólares para o Quénia após uma revisão do seu programa de empréstimos, disse a organização na semana passada.
“A dívida pública do Quénia tinha começado a estabilizar devido ao progresso da consolidação fiscal”, informou o FMI numa declaração, acrescentando que atribuiu financiamento adicional ao abrigo de uma facilidade existente.
A nação da África Oriental celebrou um acordo de financiamento de 38 meses com o FMI em Abril do ano passado, de acordo com o seu mecanismo de financiamento e crédito alargados. O último desembolso eleva o total, até agora, para 1,65 mil milhões de dólares.
Segundo o Fundo, o Quénia vai agora receber um total de 2,4 mil milhões de dólares do actual acordo, acrescentando que, “ambos os lados concordaram com o incremento no mês passado (Novembro) para cobrir as necessidades de financiamento externo resultantes da seca e das difíceis condições de financiamento globais.”
O Governo cancelou a emissão planeada de um Eurobond em Junho devido ao aumento dos rendimentos das obrigações.
O Governo do Presidente William Ruto, que tomou posse em Setembro, planeia cortar os empréstimos comerciais caros a favor de fontes mais baratas como o Banco Mundial (BM), para reduzir a pressão do serviço da dívida sobre as receitas.
“A economia do Quénia era resistente e esperava expandir-se em 5,3% este ano”, afirmou o FMI, acrescentando que se esperava que a inflação “atingisse o seu pico no início de 2023.”