O Ministério Público moçambicano na província de Sofala instruiu um processo criminal contra um empresário chinês acusado de branqueamento de capitais, num esquema que lesou o Estado em mais de 862 milhões de meticais, anunciou fonte oficial.
Jiye Zhuo, que conta com mais de sete empresas de diversos ramos em Moçambique, é acusado de fuga ao fisco, avançou o procurador-chefe na cidade da Beira, capital provincial de Sofala, citado pelo jornal Notícias.
Além dos crimes de fuga ao fisco, o empresário, que vive em Moçambique há quase uma década, é acusado também de ter obtido fraudulentamente a nacionalidade moçambicana, estando agora em parte incerta, segundo as autoridades.
Consta também da lista de arguidos no processo que corre naquela Procuradoria o empresário moçambicano Kaman Kwan, que era sócio do investidor chinês.
Moçambique está entre os Estados na lista de jurisdições de países terceiros considerados de alto risco devido a deficiências estratégicas nos seus regimes de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, numa lista da Comissão Europeia actualizada na terça-feira, 20 de Dezembro, e divulgada em comunicado.
Dessa lista, o Executivo comunitário retirou três jurisdições – Nicarágua, Paquistão e Zimbabué –, mas acrescentou cinco – República Democrática do Congo, Gibraltar, Tanzânia e Emirados Árabes Unidos, além de Moçambique.