A consultora Oxford Economics Africa considerou esta quarta-feira, 13 de Dezembro, que a descida da inflação em Angola vai levar o banco central a cortar a taxa de juro no próximo ano (2023), quando a mesma abrandar para 12,7%.
“Graças aos efeitos de base positivos, aos menores preços das matérias-primas e a um abrandamento da taxa de crescimento dos agregados de crédito e monetários, prevemos que a inflação vá continuar a descer para 12,7% no final do próximo ano. Esta menor taxa de inflação deverá sustentar um corte cumulativo de 400 pontos base durante o próximo ano”, escrevem os analistas.
Num comentário à evolução da inflação em Angola, que desceu em Novembro para 15,24%, o valor mais baixo dos últimos sete anos, os analistas do departamento africano desta consultora britânica escrevem que “em contraste com a maioria dos outros países, a inflação tem estado numa tendência decrescente há vários meses, principalmente devido ao fortalecimento da moeda local face ao valor de há 12 meses e ao declínio generalizado dos preços alimentares desde Maio”.
O Índice de Preços no Consumidor Nacional desceu, em Novembro, para 15,24%, em termos homólogos, o valor mais baixo em quase sete anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) analisados pela Lusa.
A última vez em que a inflação homóloga ficou abaixo dos 16% foi em Janeiro de 2016, altura em que se fixou nos 15,20%.
Os 15,24% representam um decréscimo de 11,74 pontos percentuais em relação à inflação observada em igual período do ano anterior e uma desaceleração de 1,44 pontos percentuais relativamente à variação homóloga do mês anterior.
Na província de Luanda, a descida foi ainda mais significativa, atingindo os 14,6% em termos homólogos, o registo mais baixo desde Dezembro de 2015 (14,3%) e um decréscimo de 15,82 pontos percentuais em relação à observada em igual período do ano anterior.
Em termos mensais, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) registou uma variação de 0,82% entre Outubro e Novembro de 2022.