O presidente da Associação dos Empresários Europeus em Moçambique (EUROCAM), Simone Santi, reconheceu esta sexta-feira, 9 de Novembro, em Maputo, que a implementação das medidas de aceleração económica anunciadas em Agosto pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, já estão a ter um impacto positivo no sector empresarial europeu.
“Graças às medidas de facilitação de entrada de estrangeiros ao País, muito tem estado a melhorar. E reconhecemos também que o visto de curta duração, seja para turistas ou para empresários, tem ajudado muito, pois essa situação era um pesadelo para os empresários que queriam entrar no território moçambicano para fazer negócios num curto espaço de tempo”, declarou Simone Santi.
Intervindo durante o encontro de reflexão sobre a implementação do pacote de medidas de aceleração económica, o presidente do EUROCAM explicou que, antes das medidas, os empresários europeus enfrentavam grandes problema na obtenção de vistos, situação que poderá melhorar muito com a nova plataforma informática (E-visa) recentemente lançada.
“Estamos satisfeitos com outras medidas, como a utilização dos 10% das receitas fiscais de recursos naturais para o desenvolvimento das províncias [onde a extracção dos mesmos ocorre], bem como com a simplificação dos procedimentos para o repatriamento de capitais”, detalhou Simone Santi.
Ainda assim – continuou o dirigente – o tecido empresarial europeu ainda se debate com algumas preocupações, como a movimentação do funcionário ou empresário estrangeiro no País. “Quando há necessidade de deslocação de um ponto para o outro é necessário informar as autoridades o que, no nosso entendimento, acaba por ser um procedimento extremamente burocrático”, explicou.
Quando questionado sobre a imagem de Moçambique na Europa, Simone Santi respondeu que “o que está a acontecer em Cabo Delgado é muito negativo [para a imagem de Moçambique]. Muito mais negativo do que a realidade. Por isso, apreciamos os esforços que o Governo está a fazer para manter o local dos projectos e a cidade de Palma em condições para reactivar a actividade económica”.
No encontro, a EuroCam reiterou um “objectivo já partilhado com o Governo de Moçambique, que é de organizar um Fórum Económico no próximo ano, que traga novos empresários europeus para investir no País.”