O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, disse esta sexta-feira, 9 de Dezembro, que estarão disponíveis anualmente 250 milhões de dólares para apoiar o sector privado em Angola, encorajando a criação de uma nova instituição financeira para jovens empreendedores.
Adesina falava em Luanda onde foi recebido pela ministra das Finanças angolana, Vera Daves de Sousa, à margem da 10.ª Cimeira de chefes de Estado e de Governo de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP).
O responsável do BAD destacou a importância de Angola para a instituição, agradecendo o contributo de 13 milhões de dólares para a janela concessional do grupo (fundo africano para o desenvolvimento), bem como os 6 milhões de dólares disponibilizados para apoiar o desenvolvimento de países com baixos rendimentos, acrescentando que o país africano tem em curso um portefólio significativo de projectos no valor de 1,1 mil milhões de dólares.
No encontro com a ministra angolana, Adesina elogiou as medidas tomadas para a recuperação da economia no período pós covid-19 que vão permitir um crescimento económico de 2,9%, aplaudindo também os esforços no controlo da dívida, que “estava muito elevada”, devido à responsabilidade e prudência fiscal.
Adesina transmitiu a Vera Daves diferentes formas de apoio do BAD ao Governo angolano, sublinhando que estão disponíveis anualmente cerca de 250 milhões de dólares para o sector privado.
“Podemos fazer muito mais, porque isso permite que o desenvolvimento continue sem assumir mais dívida pública”, disse o responsável do BAD apontando, nomeadamente, o apoio ao desenvolvimento da agro-indústria.
O presidente do BAD abordou também o apoio para estabelecer um banco de investimento para os jovens empreendedores angolanos, bem como a “acção financeira afirmativa para mulheres”.
Por seu turno, Vera Daves destacou o compromisso de Angola de continuar a ser parceiro do BAD, de que também é accionista.
“Reforçámos este compromisso e esperamos receber o apoio do banco naquela que é a nossa visão, sobretudo no financiamento às infra-estruturas e a diversificação económica”, referiu a ministra, acrescentando que foram apresentados diversos caminhos que passam pelo apoio financeiro directo ao sector privado.
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