O ministro da Saúde, Armindo Tiago, declarou que os médicos que estão a faltar aos seus postos de trabalho, na sequência da greve em curso, terão os seus salários descontados, uma vez que a função pública é regida por normas que devem ser cumpridas integralmente.
“Nós vamos aplicar as normas. A lei estabelece que quem não vai trabalhar tem falta e, como sabem, a falta tem implicações nas questões salariais”, disse o ministro.
O governante explicou ainda que, em condições normais, o sector da saúde não devia ter perturbações graves, e que os médicos deviam cumprir integralmente a sua missão, frisando que neste momento “alguns funcionários nem vão às unidades sanitárias”.
“Nós fizemos uma análise dos três dias da greve. No primeiro dia registaram-se 11% de ausências, no segundo 14% e no terceiro dia 13%. Os hospitais estão a oferecer todos os serviços, embora em algumas situações haja atrasos”, revelou o dirigente.
O ministro da Saúde falava à margem da inauguração esta quinta-feira, 8 de Dezembro, do condomínio dos médicos afectos ao Hospital Central de Quelimane, província da Zambézia. A infra-estrutura conta com 32 apartamentos e está orçada em mais de cinco milhões de dólares.
As obras para a sua construção começaram em 2020, mas foram interrompidas por alguns ajustes no projecto. Através deste condomínio, o Governo passa a poupar dinheiro com o arrendamento de casas.
A greve, que teve início na manhã de segunda-feira, 5 de Dezembro, foi convocada pela Associação Médica de Moçambique (AMM) e terá a duração de 21 dias prorrogáveis.
Em causa estão as insatisfações decorrentes da Tabela Salarial Única (TSU).
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