‘Indústria dos Raptos’ Movimentou 2,2 Mil Milhões de Meticais Este Ano, Estima a CTA

O vice-presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Prakash Prehlad, revelou esta quarta-feira, 7 de Dezembro, em Maputo, que a indústria de raptos no País movimentou cerca de 2,2 mil milhões de meticais neste ano.

Intervindo durante o workshop sobre “Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo”, Prehlad explicou que as transacções suspeitas de lavagem de dinheiro podem advir tanto pelo pouco domínio das normas regulatórias, como por actividades criminosas ou ilegais, com destaque para os raptos.

“A nossa estimativa é que a indústria de raptos movimentou cerca de 2,2 mil milhões de meticais, um montante que, sequencialmente, irá gerar necessidade de lavagem de capitais. Então, combater os raptos faz parte da matriz de combate à lavagem de dinheiro”, detalhou o vice-presidente.

Na mesma ocasião, Prakash Prehlad alertou para o aumento do contrabando de mercadorias e de produtos da fauna e flora, afirmando que “este fenómeno representa outra grande ameaça externa para o branqueamento de capitais em Moçambique”.

De acordo com os dados da CTA, o País registou uma redução das transacções suspeitas de branqueamento de capitais em 16,7% em 2021, tendo saído de 42 mil milhões de meticais em 2020 para 35 mil milhões em 2021.

“A nossa estimativa é de que a indústria de raptos movimentou cerca de 2,2 mil milhões de meticais, um montante que, sequencialmente, irá gerar necessidade de lavagem de capitais. Então, combater os raptos faz parte da matriz de combate à lavagem de dinheiro”

Ainda assim, o sector privado entende que, junto da banca, “têm-se registado grandes penalizações por parte do Banco de Moçambique devido à falta de cumprimento das normas por parte dos seus clientes e das suas empresas”.

Neste quadro, a CTA comprometeu-se a continuar a defender o cumprimento das regras do mercado como sejam a formalização das fontes de rendimento, o cumprimento das obrigações fiscais e a preferência pela adopção de meios de pagamento digitais que substituem a moeda física, entre outras.