Dados da Save the Children apontam que Moçambique é um dos piores países do mundo para se ser rapariga, ocupando a 13.ª posição, num contexto em que 70% das mulheres “sofreram ou sofrerão algum tipo de discriminação na vida”.
“Entre 2020 e 2021, mais de um terço das mulheres em Moçambique sofreu violência física ou sexual, sendo que em relação às mulheres jovens, com idades entre 20 e os 24 anos, a taxa foi de 42,8%, e mais de metade das vítimas permanece em silêncio devido à pressão familiar”, revela a organização.
A informação foi avançada esta semana, em Maputo, durante a cerimónia de abertura da “Convenção Nacional Sobre o Estado das Mulheres em Moçambique”, onde a Save The Children reiterou que a violência contra mulheres e raparigas, sobretudo a violência doméstica e sexual, continua crítica no País.
Por seu turno, a presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, disse que, apesar dos grandes desafios que a mulher enfrenta, há a destacar alguns ganhos, como é o caso da paridade de género, tanto no Conselho de Ministros como no Parlamento.
“Temos todos consciência da magnitude dos desafios que ainda temos pela frente, pois a luta pela emancipação e inclusão da mulher é muito grande. Todos devemos abraçar esta causa. Só assim poderemos contribuir para uma sociedade equitativa”, disse Esperança Bias.