Os ratings são uma avaliação de risco de crédito atribuída por agências de notação financeira – conhecidas por agências de rating – e avaliam o risco de países e empresas, influenciando as economias mundiais de forma decisiva.
Por serem determinantes na tomada de decisão dos investidores, importa saber o que são, para que servem e qual o seu impacto.
No momento de avaliar o risco de crédito de um país, de uma empresa ou de um produto financeiro, é atribuído um rating (notação) através do qual é avaliada a capacidade de uma entidade, que emite dívida, pagar de volta o valor que lhe foi emprestado, acrescido de juros.
Na prática, o que se está a fazer é informar os investidores do risco do seu investimento e, sobretudo, da probabilidade de conseguirem recuperar o seu dinheiro.
Como se trata de uma avaliação, quanto pior for o rating, maior será o risco associado ao investimento e, por essa razão, maior será a remuneração que os investidores vão querer receber em troca. Em termos práticos, quanto mais baixa for a notação, maior será a taxa de juro e os custos que um país ou uma empresa terão de pagar para se financiar.
Neste sentido, o rating tem uma relação directa com as taxas de juro a que um país ou que uma empresa consegue obter financiamento, pelo que o seu impacto, em termos de dívida pública e financiamento da economia de um país ou de uma empresa, é muito grande.
As agências de rating
Estas avaliações de risco de crédito são atribuídas por agências de rating. As principais são as norte-americanas Fitch, Moody’s, Standard & Poor’s, e a canadiana DBRS.
Finanças públicas, estabilidade social e política, indicadores financeiros, capacidade de gestão e organização interna são alguns dos parâmetros analisados pelas agências no processo de atribuírem as suas notações.
Apesar de cada agência de rating ter a sua própria escala, todas as classificações são atribuídas sob a forma de letras que podem, ou não, ser acompanhadas de sinais (+ e -), sendo ainda atribuída uma perspectiva futura de evolução (outlook) do rating. Embora exista uma calendarização, esta é meramente indicativa, uma vez que as agências podem optar por não se pronunciar nas datas previstas ou, inclusive, avançarem com uma avaliação não calendarizada.