O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, afirmou que o Governo já não sabe se vai avançar com a proposta de subsídio ao passageiro, acrescentando que a decisão final vai depender do custo de vida.
“Dezembro é o último mês em que a compensação aos transportadores vai ser paga. Depois, vamos analisar, em conjunto com o Governo, a situação actual, ou seja, se os combustíveis continuam altos ou se a situação mudou. Com base nessa análise, decidiremos como continuar a desempenhar o nosso papel dentro do contrato social que temos com a sociedade”, revelou Mateus Magala.
O ministro explicou que, caso o Governo avance com os subsídios ao passageiro, a ajuda será dada apenas às classes vulneráveis.
“O que é certo é que alguns grupos mais vulneráveis, como os idosos, os estudantes e deficientes, vão continuar a beneficiar do subsídio”, garantiu o governante.
Em relação à compensação aos transportadores, a Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) afirmou que, caso a medida não continue, o preço do transporte de passageiros vai subir nos próximos meses.
“Que se pronuncie o próprio Governo, se continuará com o subsídio ao passageiro por meio do transportador. Ou, então, nós agravaremos a tarifa em sete meticais, acordados e aprovados pela Assembleia Municipal de Maputo. Uma destas duas hipóteses deve acontecer”, frisou Castigo Nhamane, presidente da FEMATRO.
“O que é certo é que alguns grupos mais vulneráveis, como os idosos, os estudantes e deficientes, vão continuar a beneficiar do subsídio”
A agremiação revelou ainda que a compensação aos transportadores não obedeceu aos requisitos que pudessem satisfazer os operadores.
“O valor a ser compensado pela capacidade de cada meio não nos agrada, porque o justo seria exactamente o subsídio ao passageiro transportado por dia, mas não é o que está a acontecer. Encontrou-se uma fórmula que compensa os transportadores em função da lotação”, lamentou o presidente da FEMATRO.
Estas intervenções foram feitas esta quinta-feira, 1 de Dezembro, à margem do 40.º Conselho Coordenador do Ministério dos Transportes e Comunicações, que visa, entre outras medidas, decidir sobre o futuro do transporte público de passageiros no País.