A Associação Moçambicana dos Médicos (AMM) acaba de reiterar, por meio de um comunicado, a realização da greve nacional no próximo dia 5 de Dezembro, devido à falta de transparência do Governo em torno das irregularidades na Tabela Salarial Única (TSU). A paralisação vai durar 21 dias prorrogáveis.
Segundo a AMM, das várias rondas de negociações com o Governo, constatou-se que se tinha alcançado um princípio de acordo em oito dos 12 pontos para negociação. Porém, para os restantes quatro não havia consenso e careciam de outras rondas de negociação.
“Dos oito pontos nos quais se alcançou um acordo, até ao momento o Governo implementou parcialmente apenas três, ou seja, somente 25% das preocupações da classe médica foram atendidas”, esclarece a nota.
A organização dos médicos revela que a mudança constante de interlocutores por parte do Governo não facilita a continuidade do diálogo e o avanço nas negociações.
“Os gestores locais de recursos humanos não aceitam partilhar as folhas de salário com os respectivos médicos, alegando estarem a cumprir ordens superiores”
“No entanto, por estas e outras questões não existe nenhuma transparência sobre a forma como os salários dos médicos estão a ser ou serão processados. Até ao momento, nenhum médico sabe quanto deve auferir e quanto é que o Estado lhes deve”, afirma a AMM.
A classe médica acrescenta ainda que “os gestores locais de recursos humanos não aceitam partilhar as folhas de salário com os respectivos médicos, alegando estarem a cumprir ordens superiores”.
Desta feita, por estas razões, a AMM reitera que a classe garante estar firme na data de início da greve nacional dos médicos, de acordo com os ofícios já enviados ao Governo.