A presidente do Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque, revelou esta terça-feira, 29 de Novembro, em Maputo, que o País perde por ano cerca de 150 milhões de dólares, devido aos efeitos das mudanças climáticas, cujos impactos retrocedem os esforços do desenvolvimento socioeconómico.
Intervindo durante a cerimónia de encerramento da Conferência Internacional Sobre Seguro Soberano Contra Desastres, a responsável afirmou que os processos de recuperação e reconstrução têm-se mostrado mais deficientes devido às restrições orçamentais e à ocorrência de fenómenos extremos nas últimas épocas chuvosas.
Em virtude disso, a dirigente considerou que a contratação de um seguro contra desastres em Moçambique é um grande passo na criação de condições para resposta aos eventos climáticos, e vai contribuir para a continuidade das acções de desenvolvimento e redução dos impactos que os desastres impõem às populações.
“Julgamos que a contratação de um seguro contra desastres poderá ser um grande passo na criação de condições para responder aos eventos de magnitude extrema e de menor frequência, criando, desta forma, condições para a continuidade das acções de desenvolvimento e redução da penúria que os desastres impõem às nossas populações”, disse Luísa Meque.
De acordo com a presidente, o facto de Moçambique ser um dos países africanos mais vulneráveis aos desastres, devido, principalmente, à sua localização geográfica e aos factores socioeconómicos, requer do Governo e de todos os moçambicanos mais proactividade, mais criatividade, mais acção e mais espaço de discussão, com vista a apresentar melhores propostas de políticas públicas para a redução do risco de desastres e construção da resiliência.