A Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA sigla em Inglês) constitui a maior zona de comércio livre do mundo, reunindo os 55 países da União Africana e oito Comunidades Económicas Regionais. Em virtude disso, o ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, afirmou hoje, quinta-feira, 1 de Dezembro, que o País possui grandes interesses estratégicos ao nível da AfCFTA, a começar por querer tornar-se num centro regional, continental e global de produção e de distribuição logística.
Segundo o governante, o interesse surge da necessidade de o País querer aumentar a procura de investimentos significativos de capitalização financeira, principalmente para as micros, pequenas e médias Empresas (MPME), assim como para as mulheres e jovens empreendedores.
Intervindo durante o Fórum de directores executivos do Sub-comité das Instituições Financeiras de Desenvolvimento da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), o ministro revelou que Moçambique aguarda a ratificação pela Assembleia da República, ainda este ano, da resolução do Acordo da Zona de Comércio Livre Continental Africana, com vista a impulsionar a competitividade do comércio livre de bens e serviços.
“Exigimos, das instituições financeiras, mecanismos e soluções integradas e inovadoras de acesso aos recursos financeiros para uma melhor e efectiva participação da África Austral no mercado continental”
De acordo com o dirigente, reveste-se de capital importância o papel das instituições financeiras da região da SADC na implementação e realização dos objectivos da Zona de Comércio Livre Continental Africana, pelo facto de a região ser um bloco económico que, antes da pandemia do covid-19, apresentava, de forma crescente, os maiores índices de crescimento.
“Exigimos, das instituições financeiras, mecanismos e soluções integradas e inovadoras de acesso aos recursos financeiros para uma melhor e efectiva participação da África Austral no mercado continental”, exortou Silvino Moreno.
Através do Programa Nacional Industrializar Moçambique (PRONAI), o dirigente salientou que o País pretende criar um impacto regional e continental orientado, primeiramente, para a valorização da produção local, geração de emprego, contribuição para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e ainda para a geração sustentável e inclusiva dos recursos.
“Reconhecemos que o sucesso da implementação destas variáveis também depende da mobilização e disponibilização de recursos financeiros acessíveis e com opções alternativas aos mecanismos e modelos normais”, frisou.
Por seu turno, o PCA da Gapi, Rafael Uaiene, referiu que a região da SADC enfrenta vários desafios para assegurar a implementação bem-sucedida do AfCFTA, e que as instituições financeiras e o sector privado são o motor crucial para a integração regional de África, pois asseguram que as questões económicas e sociais sejam abordadas adequadamente.
“Nós, enquanto Gapi, revemo-nos e abraçamos as iniciativas que visam a criação e fortalecimento de instituições fortes e competitivas para enfrentarem os desafios que se avizinham”, concluiu Rafael Uaiene.