O ministro dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás angolano admitiu esta terça-feira, 29 de Novembro, que Angola está interessada na tecnologia FLNG e poderá ter em breve instalações flutuantes de gás natural liquefeito.
Diamantino Pedro Azevedo falava durante um painel ministerial na conferência internacional Angola Oil & Gas, iniciativa da consultora Energy Capital &Power, sobre o aproveitamento dos recursos de Angola e da região para o desenvolvimento energético de África.
No âmbito da conferência, o presidente executivo da Câmara Africana de Energia, NJ Ayuk, questionou sobre a possibilidade de Angola ter plataformas flutuantes (FLNG) ao que o ministro respondeu “em breve”.
Em declarações à Lusa, o presidente da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, explicou que o desenvolvimento destas infra-estruturas está associado às descobertas feitas e aos estudos de viabilidade no offshore de Angola.
“É [um projecto] conceptual, e com base ainda no que serão os estudos de viabilidade”, afirmou, indicando que as plataformas poderão estar nas zonas remotas já que, mesmo estando muito distantes da principal unidade de liquefacção angolana – a fábrica Angola LNG –, estas plataformas podem ser usadas para liquefazer gás mais longe da costa.
Com um investimento de 12 mil milhões de dólares, a Angola LNG foi construída para aproveitar recursos de gás natural do offshore e é um dos maiores empreendimentos alguma vez realizados no sector de petróleo e gás em Angola.
O projecto resulta de uma parceria entre a Sonangol e as multinacionais Chevron, BP, Eni e Total para recolher, processar e lançar anualmente no mercado global 5,2 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (LNG).
O projecto abastece também o mercado angolano para ajudar a satisfazer as necessidades energéticas da indústria e de consumo local.
Dispondo de uma frota permanente de sete navios-tanque de LNG e três terminais de carregamento (LNG, líquidos e butano comprimido), o objectivo é minimizar a queima de gás, fornecer energia limpa e fiável para os clientes e maximizar o retorno do investimento.
As instalações localizam-se a 350 quilómetros a norte de Luanda, no Soyo, na foz do rio Congo.