O Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) avançou, na semana passada, que ainda não há uma data exacta para o encerramento da lixeira de Hulene. Contudo, a edilidade garante que os trabalhos em curso para a desactivação do local estão em 62% de execução.
Segundo explicou o director de Gestão de Resíduos Sólidos do CMCM, Leonardo Almajane, no interior da lixeira, os trabalhos já começaram e tudo está a ser feito ao detalhe, “para garantir que ninguém seja prejudicado com o encerramento”.
“Enquanto decorre o processo de encerramento, ocorre também o melhoramento da lixeira, porque o que deve acontecer é evitar riscos de desabamento”, afurmou o responsável.
Leonardo Almajane garantiu que, em aproximadamente 15 hectares dos 22 hectares totais da lixeira, o lixo já foi compactado e uma nova vegetação já nasce no local, e revelou que foram abertas ruas e canais para o escoamento da água da chuva.
Para reduzir o impacto sobre o ambiente e evitar que a população continue a consumir água contaminada, devido aos trabalhos de encerramento, o director salientou que foram construídas bacias de retenção.
“A contaminação da água diminuiu em 60%, o que significa que, para as populações, o líquido chega até 40% poluído, mas não representa nenhum risco para a saúde”, frisou.
Entretanto, o Conselho Municipal de Maputo afirmou que ainda não há datas para a conclusão dos trabalhos.
Após o seu encerramento, a lixeira de Hulene servirá de ponto de separação de resíduos sólidos que serão depois transferidos para os aterros sanitários de Matlemele, no município da Matola, e da Katembe, na cidade de Maputo.
O desabamento da lixeira de Hulene, em 2018, causou a morte de 17 pessoas.