A União Europeia (UE) está a estudar a possibilidade de apoiar o país com material letal para combater o terrorismo na região norte. A informação foi avançada esta segunda-feira, 14 de Novembro, pelo embaixador da organização em Moçambique, Antonino Maggiore, à margem de um encontro que manteve com a presidente da Assembleia da República, Esperança Bias.
O presidente da República pediu, há dias, à União Europeia apoio em material letal para o combate ao terrorismo que assola a zona norte do país, tendo a representação da organização em Moçambique revelado que iria estudar a possibilidade, acrescentando que a UE ainda não se tinha pronunciado devido à complexidade do assunto.
“Estamos conscientes da importância do equipamento letal, questão salientada pelo presidente da República, Filipe Nyusi. Tenho a dizer que é um tema sensível, mas está em curso uma reflexão sobre tal, o assunto está em aberto, pelo que não é possível dizer, neste momento, qual será o desfecho”, revelou António Maggiore.
A União Europeia tem a missão de treinar 1700 soldados no país para fazer frente ao terrorismo, sendo que apoia Moçambique noutros domínios. O embaixador da organização avançou que “a União Europeia já está a dar equipamento não-letal avaliado em cerca de 89 milhões de euros, e nós achamos que esse é um apoio importante e concreto no esforço de garantir a segurança no norte do país”, avançou António Maggiore.
O diplomata europeu falou também do início da primeira exportação de Gás Natural Liquefeito (LNG) em Moçambique, afirmando que a realização do mega-projecto abre espaço para o desenvolvimento económico local.
“Endereçamos os nossos parabéns, é um grande sucesso para o país, para o Governo e para o povo moçambicano, assim como para o desenvolvimento económico local. É uma grande oportunidade para todos”, enalteceu Maggiore.