Mais de mil pessoas que fugiram de ataques armados no distrito de Namuno, Norte de Moçambique, e refugiadas no distrito de Nipepe, precisam de apoio de emergência, disse o governador da província do Niassa, Dinis Vilankulo.
O governante, citado neste domingo, 13 de Novembro, pela Televisão de Moçambique, avançou que uma equipa de várias entidades do Estado está a fazer um levantamento sobre as necessidades dos deslocados, mas caracterizou as carências como “multiformes”.
No total, são 284 famílias que se refugiaram no distrito de Nipepe, província do Niassa, depois de terem fugido do distrito vizinho de Namuno, na província de Cabo Delgado, devido a ataques armados.
A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada promovida por rebeldes, com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projectos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.
Desde 2017, o conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4000 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED.