As autoridades moçambicanas foram obrigadas a arrombar o portão de um estaleiro para retirar 3700 metros cúbicos de madeira vendida em hasta pública, mas cuja entrega estava a ser recusada pelo antigo proprietário, informou nesta segunda-feira, 7 de Novembro, fonte oficial.
“Confirmo que tivemos de recorrer a uma autorização judicial para poder ter acesso ao estaleiro”, arrombado na sexta-feira, onde estava retida a madeira, disse Hermelinda Maquenze, directora do Serviço Provincial do Ambiente em Sofala, em declarações aos jornalistas.
Foram cerca de 3700 metros cúbicos de madeira apreendidos por corte ilegal em 2021 e vendidos em hasta pública.
O comprador tentou retirar a madeira, mas o proprietário do estaleiro, de nacionalidade chinesa e que está foragido, não permitiu, segundo relata a imprensa local.
Hermelinda Maquenze revelou que as autoridades decidiram arrombar o estaleiro para fazer “cumprir a decisão do Estado. Como Estado e Governo, a nossa missão é fazer cumprir [a lei]”, frisou.
Vários relatórios internacionais e internos têm apontado para a delapidação de recursos florestais em Moçambique, devido à exploração desenfreada de madeira para exportação que tem a China como principal destino.
Apesar de uma actuação cada vez mais acutilante das autoridades contra essa prática, não cessam relatos de apreensões frequentes de grandes quantidades de madeira ilegalmente exportada.