São alterações naturais desagradáveis que ocorrem no aroma e no paladar. Podem vir do ciclo vegetativo da videira, da vinificação ou do seu período de estágio.
Que defeitos podemos encontrar num vinho?
Cheiro a rolha – É uma contaminação causada por uma substância chamada TCA (ácido tricloroacético) ou por fungos presentes na garrafa antes do engarrafamento.
Brett (“suor de cavalo”) – Provocado por uma levedura (Brettanomyces), pode aparecer na vinha, no mosto, em vinhos com baixa acidez ou que passem por barrica, já que se aloja na madeira. Produz aromas de couro e, quando em grande concentração, faz lembrar “suor de cavalo”.
Oxidação – Com a evolução, os vinhos ganham tonalidades diferentes. No nariz, quando a oxidação é boa chamamos de complexidade. Quando é exagerada, podemos estar na presença de ácido acético (vinagre), ou com aromas de acetona ou cola, por exemplo.
Redução – São reacções químicas que se desenvolvem quando o vinho está protegido do oxigénio. Isto provoca carência de nutrientes, fazendo com que as leveduras se alimentem de aminoácidos, que contêm enxofre, produzindo assim aromas reduzidos (ovo podre, ovo cozido, gás de cozinha ou alho).
Cristais e borra – Não é um defeito; é apenas uma questão visual que indica que o vinho não sofreu estabilização tartárica ou filtração. Ao bebermos, o copo pode ficar com sedimentos (depósito).
Estes defeitos são prejudiciais à saúde?
A verdade é que alguns desaparecem com o simples decantar ou agitar de copo. Já outros são permanentes e não podem ser corrigidos. No entanto, apesar de um vinho que não está a 100% poder ser consumido, o melhor é devolvê-lo ou trocá-lo, já que pagámos por ele e, para os alérgicos ao sulfuroso, os compostos à base de enxofre podem causar dores de cabeça.
Vinha