A versão final da Estratégia de Prevenção e Combate à Corrupção na Administração Pública, que vai vigorar no período 2023-2033, poderá ficar concluída até final deste ano.
A garantia foi dada recentemente pelo inspector-geral de Administração Pública, Augusto Mangove, num encontro sobre esta temática realizado na cidade de Lichinga, província do Niassa.
Sendo tarefa da Administração Pública prestar serviços aos vários ramos de actividades-chave, Augusto Mangove explicou que houve necessidade de, na auscultação da estratégia de prevenção e combate à corrupção, integrar sensibilidades dos sectores privado, académico e confissões religiosas.
Sobre os principais pilares e objectivos desta estratégia, Augusto Mangove, citado pelo Notícias, disse que esta está a ser produzida para guiar a profissionalização na função pública, formação e capacitação cívico-moral dos servidores públicos e, de uma forma geral, da sociedade, para que se comporte de forma correcta e se abstenha de praticar actos ilícitos.
O dirigente apontou a participação e envolvimento da sociedade civil e do sector privado na batalha de prevenção e combate à corrupção como estratégia para ampliar a participação pública dos interessados, tendo em conta que o fenómeno, em última instância, destrói todo o País.
A execução das actividades programadas sectorialmente vai merecer monitoria que, segundo o inspector-geral, será feita por elementos do sector público, privado, académicos, entre outros quadros indicados aos níveis provincial e nacional.
A fonte assegurou que, no final de cinco anos de implementação desta estratégia de prevenção, será feita uma avaliação de meio-termo para reflectir sobre os progressos alcançados e para corrigir possíveis constrangimentos.
Dinis Vilianculos, secretário de Estado na província do Niassa, salientou que a prevenção e combate à corrupção exige a participação e envolvimento das comunidades “porque, se não obedecermos a esse critério, existe um risco de elevado de insucesso no cumprimento da missão”. Vilianculos recomendou, igualmente, que os conteúdos relacionados com o combate à corrupção devem ser estudados no sistema educativo nacional para permitir que os cidadãos participem de forma activa no processo.