Moçambique espera enviar as suas primeiras exportações de gás natural liquefeito (GNL) para a Europa, a partir da plataforma flutuante da Eni no Coral Sul, no final deste mês ou no início de Novembro, disse esta sexta-feira, 21 de Outubro, o regulador de petróleo moçambicano.
Numa resposta enviada por e-mail à agência Reuters, o Instituto Nacional do Petróleo (INP) fez saber que “a exportação de GNL será feita para os mercados europeus, uma vez que a BP [proprietária dos cargueiros que farão o transporte] está empenhada em levar os recursos de gás para a Europa”.
As novas cargas ajudarão a aliviar o mercado global de GNL, que vive agora um contexto de escassez de gás na Europa, tendo em conta a aproximação do Inverno, a invasão de Moscovo à Ucrânia e a decisão posterior da Rússia em reduzir o fornecimento de gás por gasoduto às principais economias da União Europeia.
Como parte da sua actividade de exploração offshore em Moçambique, a Eni descobriu o campo de gás Coral Sul em 2012 e tomou a sua decisão final de investimento em 2017, comprometendo-se a começar a produzir gás utilizando a fábrica de GNL flutuante após cinco anos. Apesar da pandemia e dos problemas da cadeia de abastecimento, a petrolífera conseguiu cumprir o seu calendário original.