Moçambique está na lista dos 40 países que não registaram nenhuma redução significativa na pobreza entre as crianças. O País está também entre os 15 da África Subsaariana que tiveram um aumento do número de pessoas pobres.
A informação consta de um estudo que foi divulgado esta segunda-feira, 17 de Outubro, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. O mesmo revela que metade das pessoas pobres no mundo ainda não têm acesso à electricidade e combustível limpo para cozinhar e que a maioria dos pobres vive na África Subsaariana e no sul da Ásia.
O novo Índice Multidimensional de Pobreza, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apresenta resultados positivos de Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
“A maioria das pessoas em pobreza multidimensional, 83%, vive na África Subsaariana e no sul da Ásia. Dois terços das pessoas pobres vivem em países de renda média e 83% em áreas rurais”, avança o estudo.
Antes da pandemia, 72 países reduziram significativamente a pobreza. No entanto, o relatório antecipa que alguns dos esforços para acabar com a pobreza de acordo com os objectivos de desenvolvimento sustentável provavelmente foram prejudicados como resultado das recentes crises.
“Mesmo antes da pandemia do covid-19 e da actual crise do custo de vida, os dados mostravam que 1,2 mil milhões de pessoas em 111 países em desenvolvimento viviam em pobreza multidimensional aguda”, destaca.
Entretanto, o novo Índice Multidimensional de Pobreza concluiu que é possível reduzir a pobreza em grande escala, salientando que é preciso identificar os diferentes perfis de pobreza que são mais comuns em determinados lugares, o que pode oferecer um avanço nos esforços de desenvolvimento.